quarta-feira, 30 de março de 2011

Comunhão EM amor... 
     Refletindo sobre o que sinto, o que inclui também o ser, quero muito compartilhar sobre a tal da comunhão. Afinal “Oh quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”!!! (Sl 133:1) Melhor ainda se isso for vivenciado integralmente, deixando de ser apenas um lindo e motivador versículo bíblico (bem decorado por todos, diga-se de passagem). Ah! Se isso verdadeiramente fosse vivenciado por todos, em todos os âmbitos, contextos e lugares!! =/ Fato é que isso não ocorre tão fácil assim. Desejamos sempre que o outro seja bem parecido conosco, que o outro se molde as nossas expectativas em relação a ele e às vezes, em raros momentos, desejamos conviver com o jeito dele suportando-o em amor. Em qualquer situação, sempre é difícil essa comunhão.
     Há  alguns dias pude compreender, sentir e viver essa comunhão. Mas falo da verdadeira comunhão, a boa e suave. Senti tudo isso ao conhecer pessoas semelhantes e diferentes, mas que em e por amor desejaram compartilhar e viver comigo por um determinado tempo independente da minha suposta incompatibilidade com elas. Em cada olhar, gesto e atitude era notório o cuidado e o interesse desse outro para comigo, fosse amando ou simplesmente com sua presença no silêncio. Durante esse conviver, pude perceber que a verdadeira comunhão consiste em algo muito simples: AMAR. Aquele velho e principal mandamento, sabe? O resto é conseqüência. Lógico que falo de um amor doador, um amor sem a exigência de que o outro também te ame ou retribua a mesma atenção. Afinal, Ele “DEU seu filho unigênito” (Jo 3: 16), simplesmente DEU. Não foi permuta, cara. Deus não disse:
- Psiu! Me dê sua vida, seu dinheiro, sua casa, seu carro que eu vou mandar meu filho para morrer por você!
NÃO!!!! NÃO mesmo!!! Ele DEU.
     Mas foi do nada que Ele escolheu fazer isso? Não. Ele fez isso por amor, através do seu amor por nós. “Por que Deus amou o mundo de tal maneira...” (Jo 3:16) o resto vocês já sabem. Se Deus DEU seu filho simplesmente por amor (e olhe que o amado Rei da Glória não sofreu pouco!), o que nos faz exigir algo em troca do nosso frágil e inconstante amor? Sempre fico pensando sobre como conviver com as pessoas sem cobrar delas algo, sem pedir reciprocidade ou mudança de comportamento. E se apenas nos doarmos uns aos outros na esperança de que esse amor possa ajudar ou acolhê-los de alguma forma?
     Não escrevo sobre comunhão para dizer que vivencio isso de modo pleno, que sou a mulher da comunhão perfeita. Porém, compartilho para pensarmos sobre como somos egoístas, como sou egoísta cada vez que desejo a comunhão pensando na aceitação do outro aos meus hábitos. Em muitos momentos opto dizer não ao amor doador e sim ao amor egoísta. Um comportamento que analisado pelas palavras do Apóstolo João sobre a comunhão e o amor, me mostra quão mentirosa sou diante daquilo que digo acreditar e quão distante estou do amor de Deus e do meu próprio amor (1 Jo 1:6-7). Novamente percebo e confirmo a importância de vivermos aquilo que acreditamos e que dizemos fazer. Se não for assim, nossa vida se tornará mentira. Isso está bem claro em 1 Jo 2:4-5. Viver a comunhão para mim significa apenas estender o relacionamento de amor que escolhi viver com e em Deus. Se eu não estabelecermos essa comunhão com Ele, não haverá doçura nem suavidade.
     A boa e suave comunhão que vivi naqueles dias não foi por causa da minha bondade, do meu falar ou por que todos comungavam da mesma fé. Se apenas o meu jeito aliado a fé análoga do contexto fosse tão eficaz para a doce comunhão acontecer, nem escreveria sobre isso. Contudo, acredito que o motivo foi o compromisso delas em viver um amor doador, em não transformar mentiroso aquilo que acreditavam. Assim, entendo que tudo aquilo que anunciamos deve fazer parte da nossa vida, senão tudo será mentira, falso, VAZIO. E sendo vazio sempre precisaremos do outro para nos encher. É preciso que o amor anunciado por nós a Deus seja verdadeiro para que todo o discurso sobre viver em comunhão e a nossa própria vida não seja mentira.
     Que novos momentos de comunhão aconteçam com qualquer outro disposto a doar seu amor. E aqui entendo esse outro como todos aqueles que convivem comigo independente da sua crença, por favor, tá?! Ele disse “Amemos uns aos outros”!!! Não falou amemos os negros aos negros, os brancos aos brancos, os baixos aos altos, os gordos aos magros... apenas UNS AOS OUTROS!
     Graça e PAZ!
Lívia Ig. Batista Primícias...
Esteve conosco no acamp 2011...

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